Tempestades solares violentas podem soprar grande quantidade de material da superfície da Lua. Em um novo estudo da NASA, pesquisadores usaram simulações digitais para examinar como os eventos solares podem erodir a superfície do nosso satélite. Foi descoberto que eles podem até causar danos na atmosfera de Marte, já que o planeta não possui campo magnético. Essa é a primeira vez que cientistas tentam prever os efeitos das tempestades solares e erupções na Lua. “Descobrimos que quando essa nuvem massiva de plasma atinge a lua, remove facilmente material volátil da superfície”, afirma William Farrell, um dos envolvidos na pesquisa. “O modelo prevê 100 a 200 toneladas de material lunar – o equivalente a dez caminhões-caçamba lotados – arremessados durante uma típica passagem de dois dias desse evento.”
As tempestades solares são nuvens enormes de plasma quente e partículas carregadas que avançam pelo espaço. De acordo com os pesquisadores, uma dessas, que seja forte, pode conter facilmente bilhões de toneladas de plasma, viajando a incríveis 1,6 milhão de quilômetros por hora, com o tamanho maior do que várias vezes a Terra. Já que a Lua não tem atmosfera, o satélite fica vulnerável aos efeitos meteorológicos espaciais. Como resultado, a tempestade chega até ela, causando um processo conhecido como “crepitação”.
“A crepitação está entre os cinco principais processos que criam a exosfera lunar sob condições solares normais. Mas nosso modelo prevê que, durante uma tempestade, ele acaba virando o principal, com 50 vezes mais predominância do que os outros”, comenta Rosemary Killen, a líder do estudo.
Os ventos solares comuns são formados principalmente por partículas de hidrogênio carregadas, os íons. Mas o plasma das tempestades é altamente elétrico, com íons pesados, que provocam efeitos dez vezes mais fortes. [...]
Cientistas já haviam estudado o efeito das tempestades do Sol no campo eletromagnético da Terra, e sabemos que com isso ocorrem auroras intensas em nosso planeta. Mas, de acordo com os pesquisadores, em planetas como Marte, que não tem a mesma proteção, o plasma solar pode arranhar e erodir a atmosfera superior.
A NASA planeja lançar a missão Evolução Volátil e Atmosférica de Marte (MAVEN) no fim de 2013. A nave foi desenhada para orbitar o planeta e estudar como a atividade solar, incluindo as tempestades, remove a atmosfera do planeta vermelho.
Dos modelos realizados, os pesquisadores também preveem que pequenos corpos, como os asteroides, também são vulneráveis ao processo de crepitação.
(Hypescience)
Nota: Fiquei pensando cá com meus botões: se o sistema solar tem mesmo os bilhões de anos a ele atribuídos, será que nosso planeta, bombardeado pelo Sol durante tanto tempo (mesmo que fosse por “apenas” alguns milhões de anos), ainda teria atmosfera? E a Lua, tendo sofrido a ação de milhões de explosões solares, não teria sido grandemente erodida, ficando, pelo menos, sem qualquer vestígio de poeira como a que se vê por lá? O mesmo pensamento pode mais ou menos se aplicar à erosão dos cometas que passeiam perto do Sol. Além disso, conforme informa o físico Adauto Lourenço, em seu livro Como Tudo Começou (Editora Fiel, 2007, p. 185), medições feitas por mais de 140 anos dão conta de que o campo magnético terrestre perdeu, nesse intervalo de tempo, cerca de 15% de sua intensidade. Se extrapolarmos esse enfraquecimento para o passado (acima de algumas dezenas de milhares de anos), teríamos um planeta inóspito, desprotegido e incapaz de abrigar vida, como Marte.[MB]
As tempestades solares são nuvens enormes de plasma quente e partículas carregadas que avançam pelo espaço. De acordo com os pesquisadores, uma dessas, que seja forte, pode conter facilmente bilhões de toneladas de plasma, viajando a incríveis 1,6 milhão de quilômetros por hora, com o tamanho maior do que várias vezes a Terra. Já que a Lua não tem atmosfera, o satélite fica vulnerável aos efeitos meteorológicos espaciais. Como resultado, a tempestade chega até ela, causando um processo conhecido como “crepitação”.
“A crepitação está entre os cinco principais processos que criam a exosfera lunar sob condições solares normais. Mas nosso modelo prevê que, durante uma tempestade, ele acaba virando o principal, com 50 vezes mais predominância do que os outros”, comenta Rosemary Killen, a líder do estudo.
Os ventos solares comuns são formados principalmente por partículas de hidrogênio carregadas, os íons. Mas o plasma das tempestades é altamente elétrico, com íons pesados, que provocam efeitos dez vezes mais fortes. [...]
Cientistas já haviam estudado o efeito das tempestades do Sol no campo eletromagnético da Terra, e sabemos que com isso ocorrem auroras intensas em nosso planeta. Mas, de acordo com os pesquisadores, em planetas como Marte, que não tem a mesma proteção, o plasma solar pode arranhar e erodir a atmosfera superior.
A NASA planeja lançar a missão Evolução Volátil e Atmosférica de Marte (MAVEN) no fim de 2013. A nave foi desenhada para orbitar o planeta e estudar como a atividade solar, incluindo as tempestades, remove a atmosfera do planeta vermelho.
Dos modelos realizados, os pesquisadores também preveem que pequenos corpos, como os asteroides, também são vulneráveis ao processo de crepitação.
(Hypescience)
Nota: Fiquei pensando cá com meus botões: se o sistema solar tem mesmo os bilhões de anos a ele atribuídos, será que nosso planeta, bombardeado pelo Sol durante tanto tempo (mesmo que fosse por “apenas” alguns milhões de anos), ainda teria atmosfera? E a Lua, tendo sofrido a ação de milhões de explosões solares, não teria sido grandemente erodida, ficando, pelo menos, sem qualquer vestígio de poeira como a que se vê por lá? O mesmo pensamento pode mais ou menos se aplicar à erosão dos cometas que passeiam perto do Sol. Além disso, conforme informa o físico Adauto Lourenço, em seu livro Como Tudo Começou (Editora Fiel, 2007, p. 185), medições feitas por mais de 140 anos dão conta de que o campo magnético terrestre perdeu, nesse intervalo de tempo, cerca de 15% de sua intensidade. Se extrapolarmos esse enfraquecimento para o passado (acima de algumas dezenas de milhares de anos), teríamos um planeta inóspito, desprotegido e incapaz de abrigar vida, como Marte.[MB]
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